Livro "Os Movimentos do Coração - Psicologia dos Chineses "

Livro "Os Movimentos do Coração - Psicologia dos Chineses "-
Elisabeth Rochat de La Vallée e Claude Larre
O livro está sendo reeditado e divulgado durante os eventos nas diferentes cidades.
Tradução
Nicole Mr
Revisão
Alice Bertoli Arns
Esmeralda Madureira
Colaboração
Barbara Mathieu
Editora Cultrix – São Paulo 

Aviso aos Leitores
"A tradução do texto do Lingshu 8 e seus comentários nos imergem sem transição no pensamento chinês. Tantos os termos escolhidos em francês como as estruturas das orações abalam nosso modo de pensar habitual. Abrem-se espaços e somos levados a nos interrogar. Os autores nos dão acesso a um vocabulário precioso o qual nos permite caminhar mais à vontade nas vias do Vivente. As treze expressões enunciadas no princípio do capitulo oito do Lingshu , bem definidas no texto e acompanhadas de abundantes comentários, nos acompanham e nos guiam para nos manter no
real , ou para trazer-nos de volta ao real.
Essa tradução foi elaborada procurando manter-se fiel aos modos empregados pelos autores do texto francês. As palavras são justas e expressam sem rodeio aquilo que vivenciamos intimamente.
Além de uma imersão numa estranha linguagem em que poderíamos nos perder, o tom e as formas empregadas, embora incomuns, nos trazem de volta, de maneira radical, a nós mesmos: podemos nos reconhecer, ali fala-se de nós. Não será esta a aspiração dos autores clássicos chineses: restabelecer constantemente o contato com nosso Ming, nossa natureza intrínseca?"

Jean- Paul Rességuier e a equipe de tradução


"O coração está no meio do homem, pousado, escondido no centro do peito.
Oferece aos espíritos um terraço acolhedor.
Para nossa vida, o coração é um vaso abissal, um vaso de paredes percorridas por um sangue sempre renovado, enchendo-se esvaziando-se. Eis sua serventia.
Toda a psicologia chinesa reside no coração.
O que enxergamos como músculo é real entidade espiritual.
O espírito precisa da carne para encarnar-se, como a carne precisa do espírito para iluminar-se. Somente a presença de um dá vida ao outro, assim como a Terra vive somente do Céu, o Céu existindo apenas para a terra.
A estrutura de carne e a qualidade de espírito, tais como as reconhecemos em nossa humanidade, nos dão este mandamento: que o homem não separe, na prática de sua existência individual ou nas representações da vida da espécie, o que o Céu u uniu.
Ao redor do coração, o Texto dispõe treze entidades nascendo uma da outra; constituem o tecido inconsútil da psicologia. O forte simbolismo, tão realista, da concepção chinesa vê e apreende os movimentos da vida, sem deter sua batida. Felizes os autores que sabem escrever. Não destroem nem fossilizam aquilo que observaram e que agora nos mostram".




ZHUANGZI ch. 5 - Trad. Jean Lévi

  O Tao deu-lhe a sua aparência e o céu a sua forma, porque deixaria que as paixões prejudiquem o seu corpo? Você se deixa distrair pelo mu...