segunda-feira, 23 de outubro de 2023

XUNZI, capítulo 21 - Tr. I. Kamenarovic


O coração do ser humano é comparável à água de uma bacia: se a dispomos corretamente, sem a movimentar, as impurezas e a lama se depositam no fundo e a parte de cima fica pura e clara(qing ming 清明) a ponto de distinguir, ao se olhar, sua barba, suas sobrancelhas e suas rugas(li 理). Contudo, basta o mais leve sopro de vento e eis que o fundo da bacia se agita. A purezae a claridade (qing ming 清明) da superfície se turvam a ponto de não poder mais distinguir corretamente sua silhueta. O mesmo acontece com o coração do homem: guiado pelos sentidos das coisas (li 理), nutrido de pureza (qing 清), sem se desviar por nenhum objeto,discernindo o verdadeiro do falso, afastando o turvo e o duvidoso. Mas se a menor coisa vier lhe solicitar e, com isso, a sua relação com o exterior for alterada, eis que seu coração, no interior, inclina-se e torna-se incapaz de resolver até mesmo as questões mais grosseiras (juecu li 決麤理).


故道經曰:「人心之危,道心之微。」危微之幾,惟明君子而後能知之。故人心譬如槃水,正錯而勿動,則湛濁在下,而清明在上,則足以見鬒眉而察理矣。微風過之,湛濁動乎下,清明亂於上,則不可以得大形之正也。心亦如是矣。故導之以理,養之以清,物莫之傾,則足以定是非決嫌疑矣。小物引之,則其正外易,其心內傾,則不足以決麤理矣


Tradução e revisão do francês para o português feita por: Gabriela Ordoñez, Hélvio Lima e Mariana Scarpa.

ZHUANGZI ch. 5 - Trad. Jean Lévi

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