quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

XUNZI, capítulo 21 - Tr. I. Kamenarovic

 

“O coração do ser humano é comparável à água de uma bacia: se a dispomos corretamente, sem a movimentar, as impurezas e a lama se depositam no fundo e a parte de cima fica pura e clara (qing ming 清明) a ponto de distinguir, ao se olhar, sua barba, suas sobrancelhas e suas rugas (li ). Contudo, basta o mais leve sopro de vento e eis que o fundo da bacia se agita. A pureza e a claridade (qing ming 清明) da superfície se turvam a ponto de não poder mais distinguir corretamente sua silhueta. O mesmo acontece com o coração do homem: guiado pelos sentidos das coisas (li ), nutrido de pureza (qing ), sem se desviar por nenhum objeto, discernindo o verdadeiro do falso, afastando o turvo e o duvidoso. Mas se a menor coisa vier lhe solicitar e, com isso, a sua relação com o exterior for alterada, eis que seu coração, no interior, inclina-se e torna-se incapaz de resolver até mesmo as questões mais grosseiras; (jue cu li )”.


Tradução e revisão do francês para o português feita por:Gabriela Ordoñez, Hélvio Lima e Mariana Scarpa

Conversa sobre o conceito de Coração nos textos chineses

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