Qingya MENG
Université Paul-Valéry Montpellier III
Tradução de Hélvio Lima
O
Padre Claude Larre (1919 2001) exerceu, por toda sua vida, o papel de
transmissor da língua e cultura chinesa. Tradutor do chinês para o francês, ele
começou a participar, a partir de 1966, da redação do célebre Dicionário Ricci[i].
Publicado pela primeira vez sob a título de Dictionnaire français de la
langue chinoise (ou Patit Ricci[ii]),
em 1976, e foi publicado em 2001 sob o título Grand Dictionnaire Ricci de la
langue chinoise (ou Grand Ricci[iii]).
Nesse
mesmo tempo, no início dos anos 60, ele optou por estudar Taoísmo na École
pratique des Hautes études de París. Em 1969 ele defende a tese de
Doutorado dedicada ao estudo do Tratado VII do Huainazi (um tratado
Taoísta escrito no Séc. II a.C.). A partir dessa hora as atividades de tradução
irá ocupa-lo até o fim de sua vida.
Sua
formação religiosa começou em 1939, no noviciato em Laval. Em 1949 obtém a
Licenciatura em Letras Clássicas em Paris; então decide ir a Pequim para
continuar os estudos da língua Chinesa. Então ele estava com 28 anos. Dois anos
depois ele se instala na Congregação Jesuíta de Xangai, onde fica até 1952,
data em que ele é ordenado sacerdote (abril de 1952), depois de alguns meses
ele foi expulso (junho de 1952) da China Maoísta.
Posteriormente
ele passou um ano no Japão, de 1956 a 1957, então reside em Saigon[iv],
no Vietnam, de 1957 a 1966, onde ensina chinês na Universidade. Em 1971 funda o
Instituto Ricci para Estudos Chineses[v],
em Paris, em colaboração com o Instituto Ricci de Taiwan, para onde viaja
regularmente entre 1970 e 1990. Ele retornou a China continental em 1984,
depois de 32 anos de sua expulsão. Em 1989 ele fará sua última viagem a Pequim
e Xangai;
Assim,
Claude Larre, construiu um caminho existencial bem pessoal, dedicado a sua Fé
Cristã e a tradução de alguns textos fundamentais do Taoísmo. Em Trois
racines dans un jardin[vi],
texto autobiográfico editado em 2000, ele escreve:
“E
aqui eu explico para mim mesmo porque não me desviei (...) de um projeto
inicial que pode ser resumido simplesmente: saber chinês o suficiente para
entender o que está por trás do discurso comum, revelar o enraizamento de um
povo em sua História e essa História de vinte ou trinta séculos[vii]”
Em
1977, alguns meses após a morte de Mao, ele publicou uma tradução do Dao De
Jing, o Livro do Caminho e da Virtude[viii]
de Laozi, um texto Taoísta que data de 600 a.C.
Este
artigo pretende entender como, através da tradução, Claude Larre questiona o
pensamento Espiritual do Tao à Luz de sua Fé Cristã.
Deve-se
notar que o Tao Te King não é "um clássico", isto é, não faz parte
dos escritos clássicos decretados pelo Estado. Estes são, em princípio,
próximos ao relacionados com o pensamento da Escola Confucionista e fazem parte
do programa de exames imperiais de diferentes dinastias. Mas, como nos lembra o
padre Benoît Vermander, jesuíta francês, sinólogo, atualmente professor da
Universidade Fudan em Xangai, a quem eu consultei sobre este ponto, o Tao Te
King "tem sido considerado um clássico", é "Incluído como tal em
algumas classificações e sempre foi comentado[ix]"
Do
ponto de vista histórico, Claude Larre realizou sua tradução a partir da versão
do Tao Te King de Lao Tse, apresentada e comentada por Wang Bi
(226-249), intelectual e filósofo chinês do Século III de nossa era. Os
comentários de Wang Bi ainda é uma das principais referências no século XXI.
A
primeira edição do Tao Te King de Claude Larre foi publicada em 1977. Este
livro foi reeditado em 1994, em 2002 e em 2015. A versão utilizada nesse
artigo, trata-se da terceira edição publicada em 2002.
Sob
um ponto de vista formal, o livro de Claude Larre é único: a página da esquerda
é dividida em duas colunas, na primeira coluna o texto original em chinês e na
segunda é inserido os comentários de Claude Larre. Na página da direita é
apresentada a tradução para o francês de cada capítulo, que totalizam 81.
Deve-se acrescentar que 17 caligrafias chinesas são reproduzidas no livro,
correspondendo a certos termos Taoístas.
Os comentários estão nas páginas da
esquerda, precedidos dos textos originais chineses e a tradução estão nas
páginas direitas.
A
priori, nada do Taoísmo sugere princípios do Cristianismo. De um modo geral o
Taoísmo se refere a um conjunto de princípios morais e filosóficos e que
encorajam os indivíduos a respeitar a Lei do Céu. Este é o princípio do Tao,
traduzido como “Caminho”.
O
Homem se reporta ao Universo; ele se realiza através da harmonia que se
estabelece entre ele e a Natureza, a fim de se unir com o Céu e, assim,
valorizar a teoria do não-ação com o propósito de sujeitar as atividades
humanas a Lei Imutável do Natureza.
Em
outras palavras, o homem é parte de uma ordem cosmológica que coloca o Céu como
a primeira autoridade do Universo, mesmo com o céu e a terra[x], e
o homem, que se une numa harmonia perfeita e fomenta uma relação tripartícipe,
em que um completa o outro.
Segundo
o sinólogo Marcel Granet (1884 – 1940), se o Céu ultrapassa o Homem é apenas
porque ele é “o regulador supremo da ordem Natural, ele é [...] o autor da
continuidade dos fatos da Natureza”[xi].
A
partir dessa tradução, Claude Larre escreve um texto composto de comentários,
que primeiro vamos abordar como discursos.
Em
regra geral, um tradutor é usado para explicar ou se explicar sobre a tradução.
Ele faz isso usando notas de rodapé ou de final para apresentar informações
adicionais, indicar pontos de vista pessoais para escolha de alguma expressão,
dar uma opinião crítica sobre um fragmento da tradução, etc.
Claude
Larre não dá notas desse tipo em sua tradução.
Por
outro lado, os comentários feitos por ele sobre cada capítulo constroem outro
texto, diferente do texto traduzido, mas, em última instância, dependente dele.
Concernente
ao texto, o Padre Benoît Vermander afirma que “Lao Zi” é considerado (in
lato sensu) “como um 經
(Jīng) o que explica porque é o objeto de um comentário”. O termo chinês
經
(Jīng) designa um livro canônico.
Mais
precisamente, sempre de acordo com Vermander, Claude Larre “assume a forma de 传
(Zhuàn) que é, na China, a forma dominante do Discurso Filosófico” a
partir da Dinastia Han (206 a.C a 220 d.C) este termo chinês 传
(Zhuàn) designa em português[xii]
exegese[xiii].
Na
prática o comentário de Claude Larre equivale a ato de interpretação, que nos
trás informações adicionais, o que Jacques Derrida, em seu livro intitulado De
la Grammatologie nomeia um texto de “ordem suplementar” que é “de natureza
aditiva”[xiv].
Do
ponto de vista linguístico, Claude Larre usa algumas palavras-chave para
traduzir o que ele considera ser um elo natural entre o Taoísmo e o
Cristianismo.
Por
exemplo, o uso do advérbio “mesmo[xv]”
no comentário do Capítulo 1 usa esta afirmação: “o tom é ao mesmo tempo caloroso
e distante, a preocupação das pessoas, o amor a simplicidade, a pobreza, a
naturalidade, faz de Lao Zi uma das maiores obras espirituais. Da mesma
forma que há uma imitação de Jesus Cristo, existe uma imitação da Ordem
Natural: Lao Zi”[xvi].
No
comentário do capítulo 2 é o advérbio “similarmente” que aparece na frase: “os
santos (que significa os reis da antiguidade) sem querer, estão no alto, como o
Céu, para proteger e animar todos os seres; eles estão abaixo, para dar
suporte, para os nutrir e servir. O pensamento judaico-cristão mostra,
similarmente, a Sabedoria de Deus e entre os homens”[xvii]
Há
também outro exemplo com o adjetivo “semelhante” no capítulo 44: “os aspectos
de ascetismo e misticismo são tão próximos que se podem encontrar muitas formulações
semelhantes em Lao zi e no Novo Testamento[xviii]”.
A
expressão “próxima o suficiente” no comentário do capítulo 7 traz uma nova
nuance na tentativa de aproximação: “nós também não devemos querer viver por
viver; uma máxima próxima o suficiente ao conselho evangélico: quem vai perder
a vida (por minha causa) vai mantê-la para a Vida Eterna[xix]”.
Por
fim no comentário do capítulo 37, o emprego do advérbio “como” vem sugerir um
tipo dessemelhança: “o Livro do Caminho e da Virtude é como a Bíblia. Ele é
totalmente preenchido com uma presença formidável cuja ação está acima dos
conflitos humanos; esta é a sua grandeza[xx]”.
Outra
variante desse sistema de correspondência aparece no comentário do capítulo 8
que compara a Arte de governar dos Santos Reis da antiguidade à imagem do
movimento da água, que flui adaptando-se às situações através de seu curso; o
comentário do lado, Claude Larre cita, como Taoísta as Virtudes da Fé Cristã:
“aqui encontramos a Virtude bíblica da fidelidade. Seus dois aspectos são
sinceridade e objetividade[xxi]”.
Por esta citação, Claude Larre mostra a que ponto ele lê o texto Taoísta à Luz
da palavra Cristã.
Então,
sob o ponto de vista de seu enunciado, Claude Larre começa a demonstrar como
comum certos pontos de vista, entre o Taoísmo e o Cristianismo, usando
ferramentas linguísticas. Então, gradualmente, ele desenvolve seu anunciado
atribuindo-lhe a força da sugestão. Para isso ele vai a adotar o método de
justaposição no nível de expressão. É isso que vamos tentar mostrar agora.
Nos
enunciados, a justaposição procede no deslocamento de uma ideia para outra sem
a ajuda de conexões linguísticas.
Veja
o exemplo que consta no comentário do capítulo 44: “o Taoísmo ignora a salvação
em Jesus Cristo, ele não a contradiz em lugar nenhum[xxii]”.
Na primeira parte da oração Claude Larre expões a diferença entre o Taoísmo e o
Cristianismo. Ao saber do desconhecimento de Jesus, depois utilizando uma
simples pontuação, a vírgula, ele se desloca imediatamente para uma outra afirmação
de que os princípios do Tao não conflitam com os significados das palavras de
Jesus.
A
Retórica de Claude Larre, portanto, reflete uma conexão entre as duas
Espiritualidades.
Assim
no comentário do capítulo 21 o tradutor denota uma espécie de mimetismo entre o
Tao e o prólogo do Evangelho de João composto de 18 versículos: “alguém poderia
pensar em uma paráfrase do Evangelho de João[xxiii]”.
O autor observa uma identidade da forma dos dois enunciados, semelhante a
encantamentos no sentido religioso do termo, com uma métrica, uma assonância e
exclamação chinesa. Ele se coloca do ponto de vista fenomenológico.
A
esse respeito, Claude Larre, opta por estabelecer relações entre elementos que
geralmente não se coincidem. De um lado os Princípios do Tao, do outro lado
referências bíblicas como o livro de Gêneses e de Êxodo[xxiv],assim
como o Salmo 31[xxv].
Ele também escolhe referências nos Evangelhos: O Evangelho de João, ao qual ele
se refere 4 vezes[xxvi],
o Evangelho de Lucas, 3 vezes[xxvii],
o Evangelho de Mateus, 5 vezes[xxviii].
Ele também cita a Epístola de Paulo[xxix].
Além
das palavras dos Apóstolos de Jesus, Claude Larre utiliza em seu corpo de
referência a imagem de Francisco de Assis[xxx],
assim como o do Rei Salomão[xxxi].
Como
o poeta François Cheng (1929 - ), um amigo de Claude Larre, ele mesmo
convertido ao Cristianismo[xxxiv]
escreve no prefácio do Tao Te King: “as palavras do autor, mesmo que ela faça
algumas comparações (entre o Taoísmo e o Cristianismo), não é para tirar a
doutrina de Lao Zi à sua própria crença[xxxv]”.
Ao
procurar aprofundar sua fé em Deus, ele tenta aprofundar o seu conhecimento no
pensamento Taoísta, pensava extrair elementos que confirmassem o seu ponto de
vista, que o Caminho do Deus é natural e está inscrito na ordem das coisas no
mundo.
Claude
Larre destaca pontos de conexões entre o Tao e o Cristianismo e mostra um
caminho espiritual, ou "a subida no Carmelo" para usar as suas
próprias palavras, que não podem ser emprestadas "pelo grande número"
que ele escreveu. Ele então lembrava as palavras que Jesus falou no Evangelho
de Mateus, (7:14) e no Evangelho de Lucas: “estreita é a porta que se abre no Reino[xxxvi]”
Porque
para Claude Larre o Tao é como o Reino[xxxvii].
Estes traços de união entre o Taoísmo e o Cristianismo existem de maneira
natural, além das diferenças, que eles conferem ao pensamento de sua parte de
realismo. O sábio taoísta, como o místico cristão passa aos olhos do mundo por
ser um indivíduo: “anormal, um excêntrico, enquanto isso é precisamente aquele
que é normal, já que ele segue a norma, e não um ser excêntrico, pois ele está
no Centro”[xxxviii]
Não
basta ficar na superfície do texto, é necessário aprofundar os questionamentos.
Assim a última frase dos comentários, no capítulo 81 do livro, diz: “assim a
supressão é o agir mais próximo do não-agir. Quanto a Jesus, ele ficou em
silêncio”[xxxix].
Segundo
o Padre Vermander, a quem também perguntei sobre o significado a ser atribuído
a estas duas frases justapostas, estas se parecem: “refere a ‘Kenosis[xl]’
(自我空虚[xli])
de Jesus na hora de sua Paixão. Jesus é silencioso sob os insultos e o
‘Silêncio da Cruz’ é o ato Supremo de Deus. Claude Larre, assim, vê a expressão
final do '无为[xlii]'
(não-ação) de Jesus em sua Paixão: Ele perece, ele apaga sua Divindade, e
perecer é seu modo de agir”.
O
Caminho do Tao visa atingir esse estado de não-ação, já citado do início do
artigo. Claude Larre cria de maneira muito sutil, um entrecruzamento entre
esses dois pensamentos, um taoísta que valoriza o Vazio, a Vacuidade, o “eu não
sou nada” e o outro, cristão, que celebra os princípios existenciais da
humanidade, de privação e silêncio, colocados no caração do conceito da Kenosis
de Deus.
Em
outras palavras, o caminho místico é o ponto culminante do encontro entre um
Taoísta e um Cristão. Segundo Claude Larre, “ser um místico é ocupar um lugar à
parte na vida da sociedade (...) o que é verdade no Taoísmo, é o mundo
espiritual[xliii]”.
A
partir dessa qualidade mística, comum ao taoísta e ao cristão, o raciocínio que
Claude Larre consiste em aproximar a experiência do Vazio, que é parte do
pensamento Taoísta, a experiência de fidelidade ao significado da Fé, da
confiança em Deus, contida nos evangelhos, os ensinamentos de Jesus, e as
passagens da Bíblia.
Segundo
Claude Larre, não há “incompatibilidade[xliv]”,
para assumir sua própria terminologia, entre o Taoísmo e o Cristianosmo.
A
tradução do texto do Tao é enriquecida pelos comentários destaca a vontade
pulsante de Claude Larre de decifrar o significado da espiritualidade Taoísta.
É o encontro de duas espiritualidades de mesma intensidade que realiza Claude
Larre através de sua tradução do Tao. Elisabeth Rochat, que foi sua
colaboradora por 20 anos, recorda que o trabalho de tradução do Padre Claude
Larre oferece “uma oportunidade de trabalhar em profundidade através da
abordagem de uma visão chinesa da vida”. Ela enfatia que o mais importante é
que “as pessoas podem recordar o pensamento chinês, usá-lo para sua própria
existência, em sua jornada espiritual, sem fazer amalgama com o Cristianismo”.
Para
concluir, vamos nos referir a informações recentes, que datam de março de 2018.
O Papa Francisco recebeu pessoalmente, no Vaticano, uma delegação Taoísta, que
veio de Taiwan. Nessa ocasião o Papa disse: “estou feliz com esse trabalho em
conjunto com o Conselho Pontificial para o diálogo inter-religioso. É um
diálogo não só de ideias, é um diálogo humano, de pessoa a pessoa, o que ajuda
a crescer como pessoa em nossa rota de busca pelo Absoluto[xlv]”.
Essas
palavras do Papa certamente teriam o consentimento de Claude Larre.
[i] O Trabalho começou em 1949 e foi realizado principalmente pelo
Padre Yves Raquin (1912-1998), sinólogo jesuíta francês que se estabeleceu em
Taiwan a partir de 1953.
[ii] Dicionário Chinês-Francês com 5000 caracteres e 50 000expressões.
[iii] Dicionário
Chinês-Francês com 13 000 caracteres e 300 000 expressões.
[iv] Atual Ho Chi Ming. (NT)
[v] Institut Ricci pour les études chinoises (NT)
[vi] Três raízes de um jardim (NT).
[vii] Claude LARRE, Trois Racines dans un jardin, Genève, La Joie de
Lire, 2000, p. 59
[viii] Título original: Dao De Jing, le livre de la voie et de la vertu.
[ix] Entrevista com o Padre Benoît Vermander por correio eletrônico em
31 de agosto 2018.
[x] De acordo com a cultura chinesa, o casal céu-terra simboliza a
Natureza.
[xi] Marcel GRANET, La religion des chinois, Paris, Albin Michel, 1998,
p. 74
[xii] Texto original: désignant en français l’exégèse.
[xiii] Interpretação de uma obra literária, artística ou texto que visa
esclarecer uma palavra ou escrito.
[xiv] Jacques DERRIDA, De la Grammatologie, Paris, Minuit, 1967, p. 208.
[xv] Em português a palavra “mesmo” é um adjetivi, porem pode possuir a
função de adverbio, nesse caso a ela não varia em gênero ou número.
[xvi] LAO ZI, Dao De Jing, Le livre de la voie et de la vertu, traduction
et présentation de Claude Larre, Paris, Desclée de Brouwer, 1977, p. 27.
[xvii] Ibid, p 30.
[xviii] Ibid, p 31.
[xix] Ibid, p 142.
[xx] Ibid., p. 46.
[xxi] Ibid., p. 120
[xxii] Ibid., p. 48.
[xxiii]Ibid., p. 80.
[xxiv] Ibid., p. 172.
[xxv] Ibid., p. 142.
[xxvi] Ibid p. 80, p. 116, p. 202.
[xxvii] Ibid, p. 70, p. 132, p. 172.
[xxviii] Ibid, p. 132, p. 150, p. 172, p.
222.
[xxix] Ibid, p. 228.
[xxx] 4 Ibid, p. 78, p. 154.
Veja o livro intitulado Les Fioretti de Francisco de Assis. Este último
permanece na cidade de Gubbio na Itália, onde realiza o milagre da conversão do
lobo. A figura de Francisco de Assis atesta uma jornada existencial da riqueza
para a pobreza, abandonando o eu para unir-se ao não-eu, tantos sinais óbvios
do pensamento espiritual taoísta.
[xxxi] “O Caminho me faz pensar na Sabedoria como é vista na sabedoria de
Salomão, distinta do mundo, para deus”, ibid, p. 108.
[xxxii] Ibid, p. 222.
[xxxiii] Ibid, p. 152.
[xxxiv] « Um homem, livremente conduzido pelo amor sobre-humano, reinteirou
a Promessa da Eternidade contida no Sopro inicial. Entre o Taoismo e o ‘caminho
cristão’, o poeta conseguiu com a provável ajuda de seu lado budista, assim
como a bondade natural que se ler em seu rosto, percebida através dos
‘encontros’ que ‘mencionei no início’, uma “unidade orgânica vital. Isso não o
levou a uma conversão no sentido estrito, mas ao que se designa como
Sincretismo (termo que ele refusa com veemência), Mas como uma simbiose
vivente.», Madeleine BERTAUD, « François Cheng, du Tao à la ‘Voie christique’
», Transversalités, n° 124, abril 2012, URL :https://www.cairn.info/revue-transversalites-2012-4-page-129.htm
[xxxv] LAO ZI, Dao De Jing, Le livre de la voie et de la vertu, traduction
et présentation de Claude Larre, op. cit., p. 7.
[xxxvi] Ibid, p. 132. Texto atual em português: “Como é estreita a porta, e
apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram". Mateus
7:14 (NT)
[xxxvii]« O Tao é como o Reino, é tão grande como o grão de mostarda, a
menor das sementes, mas quando ela cresce, se torna uma arvore e os pássaros do
céu se abrigam em seus galho”, ibid., p.194..
[xxxviii] Ibid., p. 76
[xxxix] Ibid., p. 231.
[xl] Termo teológico cristão que trata do esvaziamento da vontade
própria de uma pessoa e a aceitação do desejo divino de Deus.
[xli] Zìwǒ kōngxū 自我空虚.
[xlii] Wúwéi 無為 - ideograma tradicional (NT).
[xliii] 4 Ibid., p. 15 (Introdução da primeira edição).
[xliv] LAO ZI, Dao De Jing, Le livre de la voie et de la vertu, traduction
et présentation de Claude Larre, op. cit., p. 112.
[xlv] « Le Pape reçoit une délégation de taoïstes », URL :
https://www.vaticannews.va/fr/pape/news/2018-03/lepape-recoit-une-delegation-de-taoistes-.html
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